Olá Andrea, você pode nos contar como começou sua carreira?
Eu vim para Chicago quando tinha 18 anos para frequentar a Escola do Instituto de Arte de Chicago e estudar fotografia e estudos de cinema. Em 2021 fui uma das 16 pessoas admitidas na residência artística de Yale Norfolk. Eu me formei em 2022 com honras de liderança com um BFA. Percebi antes de me formar que queria trabalhar na indústria cinematográfica, mas não queria fazer filmes para outras pessoas. Eu também queria aplicar todo o conhecimento visual e habilidades de pensamento crítico em filmes que aprendi na escola e na vida com a mídia que consumi, como livros e filmes, em um trabalho. Então, fiz um estágio de programação no Festival Internacional de Cinema de Chicago e parecia que era isso, havia encontrado o que queria fazer. Rapidamente me apaixonei profundamente pela programação de filmes, mesmo com as tarefas tediosas que a acompanham. Meu primeiro ano no CLFF foi profundamente transformador para mim, como pessoa e como profissional. Aprendi muito sobre a indústria e isso me conectou a tantas pessoas incríveis.
Quais são os maiores desafios para você como uma jovem que trabalha na programação de filmes?
Há definitivamente alguns desafios. O maior é que as pessoas tendem a me subestimar, ou pensam que por ter 22 anos não tenho conhecimento ou capacidade para realizar um trabalho de alto risco e muito exigente. Cheguei ao topo da minha área em tão pouco tempo por causa das minhas habilidades e de quem eu sou como profissional. Eu me orgulho de ser um trabalhador muito esforçado, tendo o amor pela arte como minha maior motivação. Eu amo programação de filmes porque me desafia a me esforçar e provar a mim mesmo e a todos que minha idade não importa. O que importa é que eu sei fazer o meu trabalho, e sei fazer com excelência acima de tudo.
Por que o Chicago Latino Film Festival?
Além da conexão óbvia de ser mexicana e amar filmes latino-americanos, percebi quando estava na SAIC que em todas as minhas aulas de cinema os filmes latino-americanos eram muito escassos. Fiquei chateado porque filmes incrivelmente poderosos e importantes não estavam sendo ensinados e falados como os outros. Isso me conscientizou da importância de destacar e fortalecer os filmes feitos na América Latina em Chicago. Quando surgiu a oportunidade de trabalhar como programador de filmes para o CLFF, parecia o ajuste perfeito para mim.
Qual é o seu plano para o 40º aniversário do Chicago Latino Film Festival?
Estou super empolgado por ser o gerente de programação do 40º aniversário porque aprendi muito trabalhando no 39º, então sei que será espetacular. Estou ansioso para construir um programa que será composto pelos melhores filmes da América Latina, Espanha e Portugal. Será tão desafiador e emocionante. Estou ansioso para ver o que foi feito no ano passado e me reconectar com colegas com quem trabalhei no ano passado. Estou muito animado para que as pessoas em Chicago vejam do que somos capazes no festival e continuemos a nos estabelecer como um pilar na comunidade. –
